sexta-feira, 5 de junho de 2009

Alergia a leite de vaca é associada a risco elevado de fratura em meninas


Entretanto, segundo artigo publicado na edição de dezembro do Journal Osteoporosis International, os autores não puderam afirmar se essa associação é devido à doença, ao deficit de cálcio ou a um deficit de outros nutrientes do leite.

Estudo realizado por pesquisadores da Polônia e da Austrália concluiu que a alergia ao leite de vaca é associada a um risco elevado de fratura em meninas. Entretanto, de acordo com o artigo sobre a pesquisa, publicado na edição de dezembro da Osteoporosis International, os autores não sabem afirmar se essa associação é devido à doença, ao deficit de cálcio ou a um deficit de outros nutrientes do leite. Além disso, com base nos resultados em geral, os cientistas destacam que a contribuição da dieta sem leite, como a razão de fraturas entre crianças e adolescentes, é modesta.

"Uma ingestão de cálcio abaixo da ingestão diária de referência (RDI) de 800-1200mg/dia durante o crescimento é considerada como relacionada ao aumento do risco de fratura, embora sejam escassas evidências convincentes para esta visão", explicam os pesquisadores. De acordo com eles, o ponto de partida do estudo foi a hipótese de que a escassez de evidência pode ser, em parte, devido ao fato de muitos participantes de estudos ingerirem cálcio suficientemente. "Crianças e adolescentes com alergia a leite de vaca (CMA) evitam leite e têm uma ingestão de cálcio abaixo do RDI", defendem.

Os resultados mostraram que, entre as meninas, 29,4% dos casos (criança com fratura) e 11,8% dos controles (sem fratura) tinham uma história de dieta sem leite, produzindo uma odds ratio (OR) para fratura associada à dieta sem leite de 4,6. Já nos meninos, 23% dos casos e 19% dos controles tinham um histórico de dieta sem leite, o equivalente a uma OR de 1,3. "Se a prevalência de CMA na população é de 5%, apenas 6,7% das fraturas que ocorrem são atribuíveis à alergia ao leite de vaca e ao deficit nutricional associado", afirmam J. Konstantynowicz, do departamento de pediatria da Medical University of Bialystok (Polônia) e primeiro autor do artigo, e colegas no texto.

Com o objetivo de examinar a associação entre o consumo de uma dieta sem leite e o risco de fratura, o estudo conduzido na Polônia incluiu 57 meninos e 34 meninas, com idade entre 2,5 e 20 anos e fraturas (casos), foram aleatoriamente pareados por idade e sexo a 171 meninos e 102 meninas sem fraturas (controles). Segundo o artigo, o peso e a altura foram examinados utilizando os métodos padrão, e a densidade mineral óssea e a composição corporal também foram avaliadas.

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