quinta-feira, 2 de julho de 2009

Disfunção Erétil


O que é a disfunção erétil?


É a incapacidade do homem de manter a ereção com grau de rigidez e tempo de duração o suficiente para manter uma relação sexual na sua plenitude, isto é, com satisfação própria e de sua parceira.

Como ela se caracteriza?

A disfunção erétil (DE) manifesta-se pela incapacidade do indivíduo de iniciar ou de completar o ato sexual. O motivo se deve a um grau de rigidez insuficiente para penetração. Por esse fato, a DE é classificada em três níveis: leve, moderado e grave. Outra característica da DE é quanto ao tempo de duração da ereção, isto é, a ereção pode ser de curta duração (fugaz), seguida ou não de ejaculação. A ereção fugaz não permite uma penetração para uma relação sexual satisfatória.

Por que e quando ela acontece?


A DE pode manifestar-se diante de vários eventos, desde situações de ordem emocional, tais como: stress, baixa auto-estima, ansiedade, desinteresse pela parceira, tristeza, etc., até por interferência de drogas e medicamentos combinados ao tabagismo.

A grande maioria das queixas de DE são secundárias de outras doenças, isto é, ela surge quando uma doença está presente no indivíduo. Neste caso a doença primária é a responsável diretamente pelas manifestações da DE. Por ex.: diabetes mellitus, insuficiência renal, síndrome metabólica, aterosclerose sistêmica idiopática e hipertensão arterial.

Quais são os fatores de risco?

Os fatores de risco para o desenvolvimento da DE são os mesmos encontrados nas doenças cardiovasculares, a saber: sobrepeso, taxas elevadas de glicose, colesterol, de triglicérides e aterosclerose. Todos eles fazem parte do rol dos fatores de risco para DE.

Outras doenças do sistema nervoso, as psicopatias, neuroses, depressão e os transtornos do comportamento comprometem a ereção em graus variáveis de intensidade.

Como se diagnostica?

O diagnóstico da DE é clínico. A história que o paciente relata é por si só suficiente para diagnosticar a DE pelo médico. Por outro lado, o diagnóstico etiológico, isto é, da causa da DE, pode ser feito por meio dos exames indicados para diagnosticar as doenças primárias responsáveis diretas pela DE.

Como se faz a investigação?


Uma boa entrevista entre o médico urologista e o paciente é o suficiente para se saber o grau de DE no qual o paciente se encontra. Existem questionários padronizados internacionalmente para investigar ou classificar a DE em leve, moderada e grave, que são aplicados na rotina clínica.

Até 1990, muitos exames foram utilizados com o objetivo de diagnosticar a causa da DE. Dentre eles, a cavernosografia, testes de injeção peniana com drogas vasoativas, ultra-som das artérias penianas e arteriografia. Atualmente esses exames não são recomendados pela Sociedade Internacional de Impotência Sexual. O emprego desses exames não proporciona qualquer benefício para a escolha do tratamento da DE.

Como se trata?

A DE não tem cura, apenas tratamento. A única exceção é a DE de causa não orgânica ou psicológica. Esta sim tem cura após o tratamento psicoterapêutico. O tratamento ideal para a DE não existe. O ideal seria aquele que fosse de baixo custo, boa tolerância pelo paciente, efeitos colaterais mínimos e não refratários, isto é, aquele ao qual o organismo não se tornasse resistente ou ineficiente com o uso prolongado.

Qual é o tratamento medicamentoso?

As drogas mais utilizadas e eficientes são: o Citrato de Sildenafil, Vardenafila e outras derivadas, com mecanismo de ação semelhante.

Quando se utilizam as injeções no pênis?


Indivíduos que sofreram traumatismo raquimedular e estão paraplégicos também não conseguem manter ereções satisfatórias como seqüela neurológica do trauma. Esses pacientes são os mais beneficiados pela injeção intracavernosa de drogas vasoativas para obter ereções e voltar a ter uma vida sexualmente ativa.

Quando se utilizam as próteses penianas?


As próteses penianas à base de silicone são indicadas potencialmente para todos os pacientes portadores de DE de causa orgânica. Atualmente as próteses são bem ajustadas, os pacientes se adaptam muito bem, as ereções são semelhantes ao normal e o grau de satisfação do casal é excelente.

A seleção dos pacientes candidatos a implante de prótese peniana deve obedecer a dois critérios: critérios de inclusão e de exclusão. Fazem parte dos critérios os seguintes fatores: Fatores de inclusão: pacientes cardiopatas, indivíduos resistentes às drogas orais, ineficácia, intolerância aos efeitos colaterais das drogas orais (dor de cabeça, palpitações, alterações visuais, etc.); Fatores de exclusão: alergia ao silicone, alergia às drogas anestésicas, cardiopatas com risco cirúrgico, psicopatias, transtornos psicológicos e do comportamento.

Quando se indica a cirurgia de revascularização peniana?


A cirurgia de revascularização peniana foi uma tentativa de tratar a DE no passado. Ela foi muito empregada quando se acreditava que a ereção dependia apenas do fluxo sanguíneo das artérias penianas. Atualmente, com os conhecimentos sobre o endotélio e sua participação no processo da ereção, as cirurgias arteriais deixaram de ser realizadas.

O indivíduo com disfunção erétil pode sofrer danos psicológicos?

Indivíduos com DE podem vir a ter problemas psicológicos e vice-versa, indivíduos com problemas psicológicos podem desenvolver DE.

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