quinta-feira, 2 de julho de 2009

Libido: entenda o que é

A sexualidade é determinada pela anatomia, psicologia e também pela cultura na qual o indivíduo vive, seus relacionamentos interpessoais e suas experiências acumuladas durante a vida. Ela inclui a percepção de ser masculino ou feminino e todos os pensamentos, sentimentos e comportamentos associados à gratificação sexual, reprodução e atração entre duas pessoas.

Masters e Johnson, em 1966, introduziram a idéia de um ciclo de resposta sexual humana, baseados em extensas observações laboratoriais. Entretanto, é importante reconhecer que as várias fases do ciclo de resposta sexual são arbitrariamente definidas, nem sempre sendo demarcadas uma da outra, e pode diferir consideravelmente tanto na mesma pessoa em oportunidades diferentes quanto entre diferentes pessoas.

Os precursores da terapia sexual, Masters e Johnson, não incluíram o desejo sexual e seus transtornos em seus estudos iniciais da sexualidade humana, sendo este conceito introduzido por Kaplan em 1979, definindo o desejo sexual ou sensualidade como necessidade que impele homens e mulheres a procurar, iniciar e/ou responder a estímulo sexual. O desejo sexual é definido como estado motivacional ou impulso gerado no cérebro por processos neurofisiológicos específicos, sendo exatamente igual a outros impulsos e apetites que constituem a sobrevivência individual e das espécies.

Apetite sexual, desejo, impulso e interesse sexual são alguns dos muitos termos utilizados como sinônimos de libido, palavra latina que significa desejo, usada inicialmente por Sigmund Freud em Três ensaios sobre a sexualidade humana (1905), indicando a energia que compõe a parte psíquica do interesse sexual. Posteriormente, a libido foi definida em sentido mais amplo, como a energia psíquica despertada por tudo que é “apetitoso”, não necessariamente no âmbito sexual. Na literatura mais recente, libido é novamente utilizada com significado de apetite sexual e definição bastante aceita é a seguinte: “estado mental ativado, insatisfeito, de intensidade variável, criado por estímulos externos (via sensorial como visão, tato, olfato, audição e paladar) e/ou internos (fantasia, memória, cognição), que induzem a sentimento de necessidade ou “a vontade de tomar parte de atividade sexual, geralmente com o objeto de desejo (pessoa amada ou admirada), para satisfazer tal necessidade”.

A fase do desejo é o mais complexo componente do ciclo de resposta sexual, podendo ser inibida por raiva, excesso de preocupação, imagem corporal e auto-estima abaladas, além de vários medicamentos e drogas de abuso, ou estimulado pelo toque, imagens visuais, fantasias, beijo, abraço, sensação de comprometimento e elogios.

A maioria das pessoas descreve a libido como algo indispensável à vida e não se manifesta sem esforço contínuo, ou seja, ser agradável ao parceiro é imprescindível para despertar e manter a libido (de ambos) gerando um círculo virtuoso de dar e receber estímulos libidinosos, isso não se restringe ao ato sexual e sim, a convivência global. Para estimular e manter a libido de seu parceiro é necessário que desde o acordar até o ato sexual consumado haja estímulos diretos e indiretos, isso quer dizer que torpedos pelo celular, beijo de bom dia, elogios às características do parceiro fazem parte das preliminares da libido; outra arma importante é o abraço, o afago, o toque, seja o simples andar de mãos dadas até as carícias mais íntimas, influenciam na libido e na manutenção deste.

Assim, qualquer alteração da libido (desejo sexual) deve ser investigada o mais rápido possível, isso quer dizer que se seu desejo sexual não é o mesmo que há três meses, isso não é normal, doenças cardíacas e endócrinas podem ter como primeira manifestação a alteração da libido, uso de medicações antihipertensivas e antidepressivas também podem atrapalhar a sexualidade, até mesmo aquela dívida no banco ou as notas baixas de seu filho podem influenciar sua libido, descobrir a causa do problema é 50% do tratamento!

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