sábado, 6 de junho de 2009

Mais da metade dos estudantes de odontologia nigerianos já foram expostos à patógenos durante prática profissional

Por outro lado, apenas 33 de 153 estudantes estudados estavam plenamente imunizados contra a Hepatite B, diz pesquisa.

A rotina no consultório odontológico geralmente expõe o profissional a diferentes patologias, portanto, uma conduta segura é fundamental não apenas para o paciente, mas também para o dentista. Pensando nisso, Oyinkansola O. Sofola e colegas da Nigéria investigaram como os estudantes de odontologia desse país se protegem de eventuais patógenos veiculados pelo sangue durante a prática clínica e o estado de vacinação para Hepatite B. A pesquisa resultou no artigo Occupational exposure to bloodborne pathogens and management of exposure incidents in Nigerian dental schools, publicado em junho de 2007 no Jornal of Dental Education.

De acordo com o artigo, os autores realizaram um estudo transversal por meio de questionários anônimos e auto-administrados com 153 estudantes (taxa de resposta de 84,5%) de quatro instituições distintas de Odontologia da Nigéria. Com as questões, eles investigaram características demográficas, número e tipo de exposição, conduta diante da exposição, proteções pessoais contra infecções cruzadas, além do relato de algumas exposições.

Os resultados mostram que apenas, 33 (37.9%) foram plenamente vacinados contra HBV, afirmaram os autores. Ainda, noventa participantes (58.8%) tiveram ao menos uma exposição profissional. Segundo o artigo, não houve associação significante entre diferenças de sexo, idade, localização da instituição e exposição. Quanto aos procedimentos no consultório, os autores identificaram que a maior parte das exposições (44,4%) ocorreu associada a limpezas dentárias manuais. Foi constatada também proteção inadequada nos olhos, porém, nenhuma das exposições foi formalmente reportada.

Diante disso, os autores entendem que é da responsabilidade das instituições de treinamento promover a segurança dos estudantes através de vacinação prévia obrigatória de HBV. E, concluem que as instituições devem manter em locais de fácil acesso, um manual com a política e os procedimentos para facilitar o rápido relato e conduta de todas as exposições profissionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário