sábado, 6 de junho de 2009

Pesquisa avalia conhecimento de grávidas do Rio Grande (RS)

Resultados mostram que o conhecimento das mulheres sobre os exames necessários durante o pré-natal, bem como sobre as situações que indicam risco durante a gravidez, esteve muito aquém do desejado.

Apesar de diversos programas e ações terem sido implementados no Brasil nas últimas décadas, a redução dos riscos à gravidez com conseqüente melhoria nos indicadores de saúde materna está longe de ser realidade. Isso é o que mostram Raúl Mendoza-Sassi da Universidade Federal do Rio Grande em um estudo que teve como objetivo avaliar o nível de conhecimento que 367 gestantes residentes na periferia da cidade de Rio Grande (RS) têm sobre o pré-natal e sobre a identificação de situações de risco à gravidez.

De acordo com artigo publicado na edição de setembro de 2007 dos Cadernos de Saúde Pública, os dados apresentados no trabalho são provenientes de um estudo transversal realizado entre mulheres com até 16 semanas de gravidez residentes na periferia da cidade, as quais foram identificadas mediante visita a todos os domicílios de todos os bairros da área selecionada, entre os meses de agosto de 2004 e março de 2005.

Os resultados mostram que, com exceção do exame de urina e do teste para HIV referidos espontaneamente como necessários, os demais procedimentos foram citados por cerca de 30% das entrevistadas. Já toque vaginal, exames de mamas e citopatológico de colo uterino foram referidos por, no máximo, 7% delas. Além disso, somente dois terços mencionaram sangramento vaginal e dores abdominais como sinais de gravidade, afirmam os especialistas no artigo.

Os pesquisadores concluem que o conhecimento de exames durante o pré-natal, bem como de situações que indicam gravidade, esteve muito aquém do desejado. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de intensificar o processo educativo entre as gestantes, permitindo, assim, que o conhecimento sobre a atenção no pré-natal seja mais adequado e difundido. Essa ação diminuiria a assimetria na relação gestante-serviço de saúde e melhoraria a qualidade da atenção com conseqüente impacto sobre a morbi-mortalidade materno-infantil, sobretudo no período perinatal, destacam.

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